domingo, 4 de janeiro de 2015

O que você está pedindo a Deus? E como tem agido?

Salomão estava diante de algo extraordinário. Imagine Deus dizendo a você: “Pede-me o que queres que eu te dê”?
Leitor, o que você pediria diante de uma situação dessas? Pedir o que quisesse. Ao próprio Deus com a garantia de que seria dado! Imagine...

Salomão pediu sabedoria. Ele estava em meio a um momento de transição de poder em Israel. E transição de responsabilidades pessoais. Seu pai Davi havia morrido e agora ele deveria governar em seu lugar. Mesmo tão jovem, de frente a um desafio. A Bíblia não relata alguns detalhes, porém estudos apontam que ele tinha entre 18 e 21 anos. E diante de tão grande responsabilidade: governar o povo de Israel.

Na oração que ele fez a Deus percebe-se que sua sinceridade expressa inexperiência e apreensão. Ele mesmo disse depois de agradecer as misericórdias do Senhor ao seu pai e a si mesmo: “... não passo de uma criança, não sei como conduzir-me”. Na verdade ele tinha receio de liderar um povo tão numeroso (e suas complexas questões).

Deus ouviu seu pedido por sabedoria. Mas logo em seguida viria o teste de fogo. O primeiro julgamento do rei Salomão numa situação extremamente complicada. Envolvia homicídio culposo (sem intenção de matar) egoísmo, mentira, emoções (essa ultima um perigo). Duas prostitutas brigavam por um bebê. As duas tinham (cada) uma criança recém-nascida. A diferença de nascimento entre essas crianças era de três dias. Essas mulheres acordaram num dia e apenas uma das crianças estava viva. A outra havia morrido porque uma das mães a matou por acidente. Esse caso agora estava ali, diante do novato rei. As duas mulheres diziam ao mesmo tempo que eram mães daquele pequeno ser vivo que restou.

Ele mandou que trouxessem uma espada para cortar o bebê ao meio (no intuito de dar um pedaço para cada uma delas). Uma tática para ver quem iria sentir o peso da morte eminente de um filho. Uma das mulheres gritou e pediu que o rei desse a criança a outra. Preferiu ver a criança viva nos braços de uma outra mãe a ter que ver seu próprio sangue derramado. O rei não teve dúvidas e entregou a criança a mãe verdadeira (a que gritou de dor interior).

Certa vez um trecho de um filme me chamou atenção. O ator (que interpretava Deus) dizia a uma mulher (em crise com o esposo): “Você acha que quando se pede a Deus paciência Ele dará de imediato a paciência ou dará a chance, através de determinadas circunstâncias, de você ser paciente?”.

Quando li este texto bíblico me veio à mente a cena do filme. A analogia foi automática.

Quando pedimos a Deus sabedoria, você acha que ela simplesmente vai surgir do nada? Não leitor! Ela se desenvolverá através do amadurecimento. E este amadurecimento ocorre progressivamente ao resolvermos as questões que chegarão até nós nas diversas áreas da vida. A cada instante.

A intenção de Deus é nos amadurecer. Nos tornar aptos.

Certamente Salomão ao se ver diante daquela situação muito delicada se lembrou do que pediu (caso contrário teria agido de forma insensata e injusta). E Deus naquele momento fez com que ele julgasse aquela causa com justiça. Com o que ele tinha pedido: sabedoria.

O que você está pedindo a Deus? E como tem agido diante das “causas” que chegam até você ou que neste exato momento está diante de você aguardando uma sábia atitude?

Não adianta pedir sabedoria e agir com convicta insensatez. Não adianta pedir emprego se nem um currículo você põe nas empresas. Não adianta pedir libertação e continuar com atitudes semelhantes aos filhos da escuridão.

Referência: 1 Reis capítulo 3.